Inteligência Artificial

Comportamento

A polêmica startup de IA que promete "Colar em Tudo"

Startup que levantou US$ 5,3 milhões com uma ferramenta de IA para "trapacear"

07/05/2025, 16:30

Chungin “Roy” Lee, CEO da Cluely e Neel Shanmugam, cofundador
Chungin “Roy” Lee, CEO da Cluely e Neel Shanmugam, cofundador
Chungin “Roy” Lee, CEO da Cluely e Neel Shanmugam, cofundador

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Quando a inovação choca a sociedade

Você já parou para pensar como a inteligência artificial está reescrevendo regras que pareciam imutáveis? Em um mundo onde calculadoras e corretor ortográfico já foram vistos como trapaça, a Cluely surge como a nova protagonista de uma discussão acalorada. Fundada por dois jovens de 21 anos, essa startup de São Francisco está gerando tanto entusiasmo quanto indignação ao oferecer uma ferramenta que, segundo seus críticos, normaliza a desonestidade. Mas será que essa tecnologia é realmente uma ameaça - ou apenas mais um passo na evolução da relação entre humanos e máquinas?


De suspensão universitária a US$ 5,3 Milhões

No domingo, Chungin “Roy” Lee, CEO da Cluely, anunciou um investimento de US$ 5,3 milhões (R$ 30,9 milhões) em financiamento inicial liderado pelos fundos Abstract Ventures e Susa Ventures. O valor chama atenção, mas a história por trás é ainda mais surpreendente: Lee e seu cofundador, Neel Shanmugam, foram suspensos pela Universidade de Columbia após criarem uma ferramenta para burlar entrevistas de emprego em engenharia de software.

A ferramenta, batizada inicialmente de Interview Coder, usava IA para fornecer respostas em tempo real durante testes técnicos. Lee revelou em um post viral no X (antigo Twitter) que a tecnologia lhe garantiu um estágio na Amazon - embora a empresa tenha se recusado a comentar o caso. Para os fundadores, a reação da universidade foi um sinal de que estavam no caminho certo: "Se incomodou o sistema, significa que é revolucionário", disse Lee.


Como Funciona a IA que “Cola em Tudo”

A Cluely vai além das entrevistas de programação. Sua versão atualizada permite que usuários “colem” em provas, reuniões de vendas e até encontros românticos por meio de uma janela oculta no navegador. O sistema analisa áudio e conteúdo visual da tela, gerando respostas instantâneas que aparecem discretamente para o usuário - invisíveis para entrevistadores ou professores.

Em um manifesto publicado no site, a startup compara sua criação à calculadora e ao corretor ortográfico, tecnologias inicialmente rejeitadas como “atalhos desleais”. “Por que memorizar fórmulas ou decorar códigos se uma IA pode fazer isso por você?”, questiona Lee. A mensagem é clara: a Cluely não vende trapaça, mas sim eficiência.


O vídeo polêmico e a comparação com Black Mirror

Para promover a ferramenta, a Cluely lançou um vídeo onde Lee usa a IA durante um jantar em um restaurante chique. No cenário, ele mente sobre sua idade e conhecimento de arte, enquanto a tecnologia sugere respostas em tempo real através de um fone de ouvido. O resultado foi desastroso: a acompanhante percebeu a farsa e deixou a mesa.

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